quinta-feira, 29 de julho de 2010

Riquezas vulneráveis

Queimadas, Nordeste do Pará, por Paulo Santos.

Internacionalmente valorizada pela biodiversidade que abriga, a Amazônia tem experimentado ao longo dos anos um processo de desenvolvimento caótico, marcado pelo avanço muitas vezes desordenado sobre os recursos naturais.
Só no mês passado, por exemplo, foi registrado desmatamento de 172 quilômetros quadrados, o que representa um aumento de 15% com relação ao mesmo período em 2009. A informação é do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia – Imazon e foi divulgada esta semana pelo jornal O Liberal.
Dentro deste quadro alarmante, o Pará tem, isolado, a maior participação, sendo responsável por quase 70% das áreas desmatadas. Entre os municípios mais atingidos no Estado, estão Itaituba (26,4 km²) e Altamira (23,8 km²). Depois do Pará, os Estados que apresentaram os maiores índices foram Amazonas (13%), Mato Grosso (10%), Rondônia (8%) e Acre (1%).
O desmatamento é a destruição causada exclusivamente por queimadas e os altos níveis detectados no Pará podem estar relacionados ao maior grau de visibilidade proporcionado pelo verão.
Na exposição de Paulo Santos que será aberta ao público na próxima semana, a série “Estradas da Última Fronteira”, que deu nome à mostra, retrata, com imagens de grande impacto, a destruição da floresta, assim como outras duras realidades no tocante ao conflituoso processo de exploração das riquezas da Amazônia.

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